Arena destinada a pensações, e às apensações acontecidas no correr da enredada vida nossa.
Meu amor pela mitologia fica e ficará o tempo todo marcado aqui; também meu amor pelas palavras, pela alma humana, e pela ludicidade com que trato essas duas.
À vontade para divagar...
E a todos eu desejo umas boas viagens!
domingo, 1 de novembro de 2009
Ando cansada de não ser o que pensam De esperarem que eu seja Deixa assim a questão que há De se ser ou não Eu não sou Eu apenas estou.
Na tradição celta há uma das mais belas compreensões do amor que já vi, expressa em uma conjugação de palavras: "anam cara".
Anam é a palavra gaélica para alma, e cara é a palavra para amigo.
Anam cara: amigo da alma.
Acredita-se que nesse amor cada um pode ser compreendido tal como é, sem máscaras ou afetações. As mentiras e meias-verdades superficiais e funcionais das relações sociais se dissolvem e se pode ser como realmente se é.
Se o amor permite que a compreensão se manifeste, então se é compreendido, fica-se à vontade. Sente-se desembaraços para libertações em confianças na alma de outra pessoa, pode-se mergulhar deliciosamente na inteireza desta.
Simples assim; uma pena que muitos achem difícil assim...
E como essa idéia me remete à originalidade, à singularidade, de cada relação, lembrei-me, agora, de Neruda, quando ele diz:
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eu conheço este cansaço...
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