O amor
Senhor de segredos
Desdiz pra dizer o novo
Desconstrói e vai morar noutro lugar
Rasura a dor
E dela remonta algo
Que resulta nele mesmo.
domingo, 1 de novembro de 2009
UM PRESENTE
Tudo de dor
Que o vento leve
O que o tempo re-vela
Não está pra trás
Só o nada está pra trás
No presente, futuro
No futuro, presentes latentes
O céu entardece lilás
O mar da baía disputa com o céu
Azuis melhor rimados à lua que cresce
O vento acelera
Faz e desfaz cenários ardis
Que o vento leve
E o tempo me eleve.
Que o vento leve
O que o tempo re-vela
Não está pra trás
Só o nada está pra trás
No presente, futuro
No futuro, presentes latentes
O céu entardece lilás
O mar da baía disputa com o céu
Azuis melhor rimados à lua que cresce
O vento acelera
Faz e desfaz cenários ardis
Que o vento leve
E o tempo me eleve.
PEREGRINAÇÃO
Deserto
Semi-árido
Da Caatinga
Quando se nada em um mar de perdas
E se sabe que quer chegar
Quando, quando...
Sem onde nenhum
Um tempo do tempo
Afora
De qualquer lugar.
Semi-árido
Da Caatinga
Quando se nada em um mar de perdas
E se sabe que quer chegar
Quando, quando...
Sem onde nenhum
Um tempo do tempo
Afora
De qualquer lugar.
domingo, 6 de setembro de 2009
A QUEM QUISER ME AMAR
Não, não pense que me conhece muito bem
Eu mesma tenho ainda o que saber de mim
E maior tempo de convivência comigo
Se alguém tem
Que não eu:
Só mesmo Deus!
Eu posso ser irmã de quem me enxergar
Desde que eu queira
E eu quero...
Quero amar indistintamente!
Saiba: inimigos não tenho!
Pra me ter ao lado
Só não venha me dizer o que fazer
Quem eu deva ser...
Posso apenas ser aquela que eu quiser
Ninguém mais, além de mim, vive inteira a minha vida
De sabores inusitados
Cores aquecidas
Melodias insuspeitadas
Trilhas
Às vezes selvagens
Que eu escolho para não me definir.
Eu mesma tenho ainda o que saber de mim
E maior tempo de convivência comigo
Se alguém tem
Que não eu:
Só mesmo Deus!
Eu posso ser irmã de quem me enxergar
Desde que eu queira
E eu quero...
Quero amar indistintamente!
Saiba: inimigos não tenho!
Pra me ter ao lado
Só não venha me dizer o que fazer
Quem eu deva ser...
Posso apenas ser aquela que eu quiser
Ninguém mais, além de mim, vive inteira a minha vida
De sabores inusitados
Cores aquecidas
Melodias insuspeitadas
Trilhas
Às vezes selvagens
Que eu escolho para não me definir.
Socorro!!!! Querem devorar meu coração ainda em diástole! Se fosse o cérebro... Ah, se fosse o cérebro o alvo da fome do outro, ele - o cérebro - saberia o que fazer! Mas o coração?! O coração nada pensa e tão só sente. Sente tanto que todo se oferece, e de bom grado, a seu voraz algoz. Minha esperança é de que na sístole o bárbaro se arrependa, ao descobrir que aquele belo, viçoso, sedutor alimento, tem lá seus tempos de inversão caracteriostática. Quem leva minha paz, minhas alegrias e belezas, levará também minhas tempestades e furacões, minhas tristezas e feiúras mais aterradoras. Vá, homem apaixonado, devore meu coração! Depois me diga que gosto ele tem nos momentos em que se contrai.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
E por falar em se falar com Deus...
Esse não é só um vídeo em que Gilberto Gil canta "Se eu quiser falar com Deus", nele Rolando Boldrim recita trecho de Grande sertão: veredas, e Gil canta em estado de esplendor. Imperdível! Um achado...
Das sincronicidades
"Talvez o que vulgarmente se chama fortuna seja regido por uma ordem secreta, e o que chamamos acaso nos acontecimentos se deva ao nosso desconhecimento das suas razões e causas, e não haja nenhum acontecimento particular, feliz ou infeliz, que não se harmonize e não seja coerente com o conjunto de tudo."
Por Santo Agostinho.
Por Santo Agostinho.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Marejada II
Sei lá como se navega por aí!?
Em mar que não se conhece...
De maruja à capitã
Como faço pra fazer?
A sapiência a gente pega em rede
Ou mergulha pra achar?
Cada vez que torno à tona
Sei que ao fundo eu vou é mais!
Em mar que não se conhece...
De maruja à capitã
Como faço pra fazer?
A sapiência a gente pega em rede
Ou mergulha pra achar?
Cada vez que torno à tona
Sei que ao fundo eu vou é mais!
Marejada
Eu existo num encontro de 2 Mares. E guardo altas e baixas marés; encerro espumas e abissalidades, correntezas que convergem, outras que se desacordam; vivo rodamoinhos que me tragam pro seu cerne e calmarias que me levam à sapiência dos mistérios mais velados. Eu me atrevo a conhecer-me.
terça-feira, 28 de abril de 2009
Se leve

b-boy pela paz e amor universais, e meu mano Sú. Gostei tanto quando ele me mostrou que não pude resistir a postá-la aqui:
“SE LEVE
Eu tô no vazio da noite / Ligado pensando tranqüilo / O que eu sinto? / Será que foi o que eu não tive? / Será que eu não tive? / Já nasci tendo / Não precisei que me dessem / Sabem / Sabem de uma coisa / Eu sei / De duas posso não saber / Pedras a rio / Areia amar / Todo o mundo tá aqui / Dentro da doida da sede da onda / A vida transborda alegria / Desperdiça tristeza / Acumula consciência / Contém 1 g / Pra mim é mais pesado / 10 kg de burrice 10 kg de falsidade / 20 kg de ignorância 30 kg de frieza / 10 kg de felicidade relativa 10 kg de bens materiais / E 10 kg de individualismo / Ou seja 100 kg / 100 nada / Sem mente / Sem sentido / Por isso que eu prefiro ficar / Leve seu peso na consciência / Leve minha neurose / Leve seu carro / Leve o que tu gosta / Leve o que tu tem / Leve o que tu sente / Leve o que tu conseguiu / Leve mais 100 / Se leve / Se pesado / O diabo que te carregue.”
Valeu, mano Sú! Nam-myoho-renge-kyo!!!!
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Negação do que não seja livre
Não
Não venha sem vontade de existir
Traga tudo sem auto-piedade
E vá me mostrando aos poucos
Devagar
Tão devagar
Que haja surpresas que durem
Até
Que nada se acabe
Não se assuste
Não me assusto...
Minha capacidade de amar
Ainda resiste
Estupidamente humana!
Não venha sem vontade de existir
Traga tudo sem auto-piedade
E vá me mostrando aos poucos
Devagar
Tão devagar
Que haja surpresas que durem
Até
Que nada se acabe
Não se assuste
Não me assusto...
Minha capacidade de amar
Ainda resiste
Estupidamente humana!
Dos sentires pós-modernos
Pela tela
Bela e iluminada cela
Janela pra teia
Uma página recém-polinizava o meu estar só
Nela algo em você fez parar meu olhar
Que passeava num quase descompromisso por ali
E olhei, e olhei
E olhei pra você
A boca entreaberta
Percebida ao passar de uns segundos
E um meio-sorriso de encantamento
Desejo de escrever umas bobagens...
Mas ahhhh...
Menos coragem do que desejo...
Lembranças das suas imagens
Que foram e que vieram
A leitura dos seus escritos
O prazer no que foi lido
Mistérios que guardam quaisquer encontros
A vida é um desacaso
E pra nós que não nos chamamos Raimundos
A internet não é um vasto mundo.
Bela e iluminada cela
Janela pra teia
Uma página recém-polinizava o meu estar só
Nela algo em você fez parar meu olhar
Que passeava num quase descompromisso por ali
E olhei, e olhei
E olhei pra você
A boca entreaberta
Percebida ao passar de uns segundos
E um meio-sorriso de encantamento
Desejo de escrever umas bobagens...
Mas ahhhh...
Menos coragem do que desejo...
Lembranças das suas imagens
Que foram e que vieram
A leitura dos seus escritos
O prazer no que foi lido
Mistérios que guardam quaisquer encontros
A vida é um desacaso
E pra nós que não nos chamamos Raimundos
A internet não é um vasto mundo.
domingo, 26 de abril de 2009
Uma bicada em Schopenhauer, uma bicuda no esôfago da alma.
"No início da juventude, quando contemplamos nossa vida vindoura, somos como crianças num teatro antes de a cortina subir, sentados lá animados e esperando ansiosamente pelo início da peça. É uma benção que não saibamos o que vai realmente acontecer. Pudéssemos prevê-lo, haveria ocasiões em que as crianças poderiam parecer prisioneiros condenados, não à morte, mas à vida, e ainda inteiramente inconscientes de qual o significado de sua sentença."
Por Schopenhauer.
Eu nada falo diante da bruta beleza dessas palavras.
Quem sabe digam vocês as palavras que se calaram em mim... E as que não se calaram também.
Por Schopenhauer.
Eu nada falo diante da bruta beleza dessas palavras.
Quem sabe digam vocês as palavras que se calaram em mim... E as que não se calaram também.
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