domingo, 6 de setembro de 2009

Socorro!!!! Querem devorar meu coração ainda em diástole! Se fosse o cérebro... Ah, se fosse o cérebro o alvo da fome do outro, ele - o cérebro - saberia o que fazer! Mas o coração?! O coração nada pensa e tão só sente. Sente tanto que todo se oferece, e de bom grado, a seu voraz algoz. Minha esperança é de que na sístole o bárbaro se arrependa, ao descobrir que aquele belo, viçoso, sedutor alimento, tem lá seus tempos de inversão caracteriostática. Quem leva minha paz, minhas alegrias e belezas, levará também minhas tempestades e furacões, minhas tristezas e feiúras mais aterradoras. Vá, homem apaixonado, devore meu coração! Depois me diga que gosto ele tem nos momentos em que se contrai.

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