domingo, 6 de setembro de 2009

PROMESSA MAIS QUE PAGÃ


Queria me entregar a ti
Sem qualquer medo mundano
Ter prazer sem que houvesse por isso
Que pagar preços mortais
Me liberte da dor
De não saber-te meu
Que te faço, de todos os homens
O mais divino aprendiz
De um grande amor desateu.

A QUEM QUISER ME AMAR

Não, não pense que me conhece muito bem
Eu mesma tenho ainda o que saber de mim
E maior tempo de convivência comigo
Se alguém tem
Que não eu:
Só mesmo Deus!

Eu posso ser irmã de quem me enxergar
Desde que eu queira
E eu quero...
Quero amar indistintamente!
Saiba: inimigos não tenho!

Pra me ter ao lado
Só não venha me dizer o que fazer
Quem eu deva ser...
Posso apenas ser aquela que eu quiser
Ninguém mais, além de mim, vive inteira a minha vida
De sabores inusitados
Cores aquecidas
Melodias insuspeitadas
Trilhas
Às vezes selvagens
Que eu escolho para não me definir.
Socorro!!!! Querem devorar meu coração ainda em diástole! Se fosse o cérebro... Ah, se fosse o cérebro o alvo da fome do outro, ele - o cérebro - saberia o que fazer! Mas o coração?! O coração nada pensa e tão só sente. Sente tanto que todo se oferece, e de bom grado, a seu voraz algoz. Minha esperança é de que na sístole o bárbaro se arrependa, ao descobrir que aquele belo, viçoso, sedutor alimento, tem lá seus tempos de inversão caracteriostática. Quem leva minha paz, minhas alegrias e belezas, levará também minhas tempestades e furacões, minhas tristezas e feiúras mais aterradoras. Vá, homem apaixonado, devore meu coração! Depois me diga que gosto ele tem nos momentos em que se contrai.